Sinopse
“Doçura, inteligência, graça, suavidade – lembra? Também imaginei que
estivessem em extinção, mas descobri que seguem vivas nas páginas de Que
ninguém nos ouça. Não que seja uma literatura para mocinhas inocentes: o
assunto muitas vezes é barra. Nem Leila, nem Cris saltaram de um conto de
fadas. Porém, mesmo quando confidenciam a parte trash de suas trajetórias, a
delicadeza continua mantendo o tom. Amargas? Nem que quisessem. Nem que
tentassem. É o único talento que elas não têm. Duas mulheres incomuns e com
experiências singulares: só pelo voyeurismo consentido, já valeria dar uma
espiada nessa troca de e-mails entre as duas. Porém, basta abrir a primeira
página para perdermos a ilusão de que teremos algum controle sobre a leitura. É
a Leila e a Cris que seguram o leitor nas mãos: fisgado e rendido, ele ficará
preso até a última linha, quando então retornará à vida acreditando novamente
na espécie humana.”
Resenha:
Cris e Leila em uma terapia virtual simplesmente fascinante. O
livro é uma troca de e-mails, onde
elas compartilham experiências bem particulares, verdadeiramente
pessoal, que faz rir, chorar, e se emocionar de uma forma maravilhosa.
Vemos como a vida é tão pesada, com suas exigências e supérfluos, que
nos tiram a essência de humanidade. “Que ninguém nos ouça” nos remete a uma
reflexão de tudo que acontece no dia a dia. Como nos portamos diante das pessoas, dos relacionamentos, amigos, família, filhos, o tempo. Além de
trazer assuntos como moda, envelhecimento, dietas, felicidade.
“Você diz que somos do mesmo planeta. Concordo. Nele não há céus sem
nuvens. Nem alma sem sombras. Mas cada nuvem e cada sombra traz em si a
possibilidade do riso que é nossa marca, da alegria infantil que carregamos sem
o menor pudor, alheias ao tempo que passa. Mulheres que amadurecem mostrando os
dentes sem cerimônia.”
Leila Ferreira
Conhecemos um pouco mais sobre essas duas autoras, pessoinhas
maravilhosas, quem já amava, vai ter a certeza de querer tê-las só pra si
dentro de um potinho.
Histórias, ideias, pensamentos, seus desgostos e suas manias. Tudo é nos
contado de forma bem sincera, de coração, mais parece uma conversa de
mesa com direito a café e pão de queijo.
“O fato é que o silêncio amedronta, mas terei de lidar com ele. Como a
vida. E o que será de nós se não dermos um jeito de lidar com nossos
silêncios?”
Cris Guerra
Experiências de duas mulheres incríveis, simples, cheias de vida, de
amores, de emoções, de lágrimas, de sorrisos, e claro de defeitos, sim, são
humanas. Como lidam com seus erros e acertos. Como veem o mundo.
Singular, original, diferente e excêntrico, totalmente recomendado!
“Que ninguém nos ouça” é uma linda mensagem para a vida!
Avaliação 5/5 |
Por
Diego Tonaco
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